Pinguim tímido ganha prêmio de pássaro do ano na Oceania

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Em 2023, o mergulhão pūteketeke foi o campeão graças à influência do comediante John Oliver.
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Um pinguim raro que habita apenas a Nova Zelândia, famoso por ser tímido, ganhou o prêmio de “Pássaro do Ano 2024” da Oceania. Mais de 50 mil pessoas votaram na competição, consagrando o hoiho, ou Pinguim-de-olho-amarelo, na última segunda-feira (16). O nome “hoiho” significa “gritador de ruído” na língua Maori. No entanto, o pinguim é notavelmente tímido, apesar de seu berro alto e estridente, segundo a ONG Forest & Bird. A entidade realiza o concurso “Passaro do Ano” desde 2005, premiando espécies ameaçadas de extinção na Nova Zelândia e Oceania. De acordo com a ONG, a vitória do hoiho deve aumentar os esforços de conversação da espécie, atualmente em grande risco de desaparecer da natureza. Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução Além disso, a população desse pinguim está em queda, de acordo com a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), que afirma haver cerca de 3 mil pinguins dessa espécie. “O prêmio de Pássaro do Ano chegou na hora certa. Esse pinguim icônico está sumindo de Aotearoa [nome Maori da Nova Zelândia] diante dos nossos olhos”, afirmou Nicola Toki, CEO da ONG desde 2022. O hoiho é uma espécie de pinguim que habita ambientes terrestres e marinhos. Segundo Toki, há trabalhos de conservação acontecendo em terra, mas também é preciso preservar a espécie no mar. “Eles estão afogando em redes de pesca e não conseguem encontrar comida suficiente. O nosso hoiho precisa, urgentemente, de áreas de proteção marinha para que a espécie tenha uma chance de sobreviver”, afirmou a CEO. Portanto, o “Pássaro do Ano” de 2024 é ser um pinguim raríssimo e especial, encontrado apenas na Nova Zelândia, presente na nota de cinco dólares do país da Oceania. A competição, tradicional na Nova Zelândia, já teve seus momentos de polêmicas, incluindo acusações de fraude e interferência externa. Neste ano, de acordo com os organizadores do prêmio “Pássaro do Ano”, o pinguim obteve 6.328 votos, mais de mil votos a frente do pássaro-preto Karure das Ilhas Chatham, espécie da Oceania também ameaçada de extinção. O Karure das Ilhas Chatham ficou no segundo lugar. Imagem: Forest & Bird/Divulgação O pássaro-preto Karure, que estava esperando por esse momento há algum tempo para ser notado, vai esperar ainda mais, pelo visto. Esta é a segunda vez que o pinguim hoiho ganha o prêmio de “Pássaro do Ano” e, assim como na primeira, recebe acusações de interferência, mas não da Oceania. Em 2019, quando venceu pela primeira vez, surgiram alegações que o pinguim venceu por interferência russa. No entanto, as centenas de votos que vieram da Rússia não eram de bots, mas, sim, de ornitologistas russos, segundo a organização do evento. Já em 2018, houve acusações de que australianos tentaram fraudar o concurso para que corvo-marinho-malhado ganhasse a competição. Mas nada foi similar ao que ocorreu no ano passado. Em 2023, o mergulhão pūteketeke foi o campeão graças à influência do comediante John Oliver. Após descobrir uma brecha nas regras do concurso, que permitia votos de qualquer pessoa com um endereço válido de email, Oliver criou uma enorme campanha para o pūteketeke. John Oliver em seu programa anunciando a campanha para o “Pássaro do Ano”. Imagem: YouTube/Reprodução No final do ano passado, o apresentador britânico se vestiu como o pássaro da Oceania em uma entrevista ao programa de Jimmy Fallon e começou a campanha que influenciou na votação popular de “Pássaro do Ano”. Aliás, a campanha de Oliver foi tão massiva que o apresentador colocou outdoors em Paris, Tóquio, Londres, Mumbai e em Wellington, capital da Nova Zelândia. Campanha de John Oliver colocou banners em várias capitais ao redor do mundo. Imagem: Giz Brasil/YouTube/Reprodução Aliás, o Brasil foi uma atração a parte, pois o apresentador fez um banner do pūteketeke voar sobre a praia de Ipanema. Avião voando sobre a praia de Ipanema com o banner para votar no “Pássaro do Ano”. Imagem: Giz Brasil/YouTube/Reprodução A competição, anteriormente conhecida apenas na Oceania, ganhou atenção mundial graças ao britânico, que garantiu mais de 290 mil votos para a vitória do pūteketeke como “Pássaro do Ano” de 2023. Por fim, no último domingo (15), um dia antes do concurso “Pássaro do Ano”, ocorreu a 76ª cerimônia do Emmy Awards 2024. John Oliver venceu o Emmy Melhor série de variedades roteirizada e, em entrevista à imprensa neozelandesa, dedicou a vitória no Emmy ao pūteketeke. Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

https://gizmodo.uol.com.br/pinguim-timido-ganha-premio-de-passaro-do-ano-na-oceania/

Aman Mehndiratta
Aman Mehndiratta
Aman Mehndiratta encourages the concept of corporate philanthropy due to the amazing advantages of practicing this. He is a philanthropist and an entrepreneur too. That is why exactly he knows the importance of corporate philanthropy for the betterment of society.

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